De cara para o escuro. Sem ver. Com a terra ou o fogo por cima, com o peso da mármore. Na surdina dos choros, dos maiores ou menores prantos. Ausência de dor, em corpo sem sentidos ou emoções, deixando de ser pensante. Com esperança de luz e de paraíso, de inferno e de rios de lava, ou de interruptor. A morte é certa. Actua como o fecho, o selo, de um livro, com os seus pontos literários altos e outros baixos, com a eventualidade – inerente a todos – de ser revisto, relido, mas que depois de reposto na prateleira, fechado, mais de lá não sai. Teimosamente. «No dia seguinte ninguém morreu.» De José SARAMAGO.
Embora, até à data não tenha sido fã de José Saramago, este livro prendeu-me a atenção e devo dizer que é o primeiro deste autor que vou ler por completo.
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