Sozinha...

Sozinha neste recanto,

não consigo reter meu pranto

A vida para mim não tem mais encanto

Não sei porquê sofrer tanto.

As flores no jardim murcharam,

As aves de voar se cansaram,

As fontes secaram,

As águas do ribeiro pararam.

Meu corpo está frio, gelou,

Meu sangue nas veias, parou,

O brilho do meu olhar se ofuscou,

Com todos os movimentos , meu corpo acabou.

Agora, só me resta a solidão,

Minha amiga nas horas de frustação,

Nos dias que escoam e vão,

é a minha ínica consolação.

Talvez, um dia venha o sol brilhar,

Para que na terra a vida, possa continuar,

Nos rios e fontes, a água volte a brotar,

E meu coração encontre quem o queira amar.

Ou talvez predure em mim a escuridão,

Até ao fim dos meus dias,

E esteja condenada á solidão,

Ás tristezas, não havendo mais alegrias.